“Outra parábola lhes disse: o reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.” Mt 13:33
“Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.” Ap 2:20
Introdução
A Palavra de Deus é perfeita. As sete parábolas ditas por Jesus no evangelho de Mateus estão relacionadas diretamente com as sete cartas do Apocalipse. A quarta parábola, que é a parábola do fermento, se refere à carta escrita à igreja de Tiatira, que é a quarta carta. Hoje vamos ver qual a relação profética entre a quarta parábola e a quarta carta.
Desenvolvimento
A parábola do fermento mostra uma mulher que introduziu o fermento em três medidas de farinha, até que tudo estivesse levedado (fermentado). Esta mulher, profeticamente, é a mesma mulher da carta de Tiatira: Jezabel. Quando a carta se refere a Jezabel, estava se referindo ao mesmo espírito que atuou em Jezabel, mulher do rei Acabe.
Na parábola do fermento, as 3 medidas de farinha representam o projeto, as doutrinas que Deus já havia estabelecido:
– Em Éfeso – a palavra – Pai
– Em Esmirna – o corpo – Jesus
– Em Pérgamo – a fé – Espírito Santo
Então vem a mulher e introduz o fermento, podemos ver através da Carta de Tiatira, que este fermento continha 3 elementos – “Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar (1) os meus servos, para que se prostituam (2) e comam dos sacrifícios da idolatria (3).”
Estes três elementos combatem contra o projeto de Deus:
1- O ensino e o engano são falsas doutrinas – contra a palavra, o Pai;
2- A prostituição, que é deixar o amor verdadeiro e adotar outros amores, outros mediadores, outros salvadores – contra Jesus, o noivo da igreja fiel.
3- A idolatria que é deixar a fé que vem da eternidade para adotar uma fé em coisas materiais desta vida – contra o Espírito Santo.
Interessante destacar que a palavra diz “ensinar e enganar os meus servos”. O inimigo, nesta última hora, quer desviar os servos do projeto de salvação. Devemos vigiar para não deixar que este fermento entre em nosso meio.
O fermento traz um crescimento de fora para dentro. Mas o que representa isso na vida do servo de Deus? Uma vida espiritual de aparências. Se diz servo, mas não tem transformação de vida. Em vez de ser dirigido pela Palavra de Deus, pelo Espírito Santo, é dirigido pela vontade humana, pelos ensinos contrários à Palavra de Deus. Assim, quem vê de fora, até tem aparência de crente, mas não há transformação no seu interior, não há salvação.
O nosso fermento deve ser como o mosto, que é o processo de transformação das uvas em vinho. O vinho representa o Espírito Santo. O processo de fermentação do vinho se dá de dentro para fora.
O servo fiel permite que o Espírito Santo opere em sua vida. Assim, o engano, as coisas deste mundo não têm lugar no seu coração, pois o seu coração está cheio da Palavra de Deus, dos valores celestiais, pois o Espírito Santo transforma o nosso interior. Através do Espírito Santo temos o desejo de louvar ao Senhor, tendo o desejo de trabalharmos na Obra de Deus. Vivemos aqui neste mundo, mas nossos olhos estão firmes na eternidade.
Nesta última hora, vamos pedir ao Senhor para que repreenda do meio dos servos de Deus o espírito de Jezabel, a influência do mundo no meio da igreja. Queremos ser transformados pela ação do Espírito Santo na nossa vida. Não vamos estar na carne, mas no Espírito. Só assim vamos discernir aquilo que vem e aquilo que não vem do Senhor.
Vamos deixar o Espírito Santo habitar, fazer morada permanente na nossa vida. Nós não somos do mundo, nós somos servos do Senhor, e queremos viver segundo o que o Espírito Santo orienta a igreja nesta última hora.