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As pedras de Mó – Deuteronômio 24:6


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As pedras de Mó – Pregação

Esboço de Pregação em Deuteronômio 24:6 – “Não se tomarão em penhor as mós ambas, nem mesmo a mó de cima, pois se penhoraria assim a vida”.

Introdução de Deuteronômio 24:6

Na Palestina e países vizinhos, o moinho era uma máquina simples, porém indispensável. Era formada por duas pedras redondas sobrepostas, geralmente feitas de basalto. A pedra inferior era ligeiramente convexa e armada com um pino no centro, que servia de eixo para que a pedra de cima girasse sobre ela.

A pedra que ficava em cima era côncava pelo lado de baixo, formando uma caixa com a pedra inferior e tinha uma abertura circular no centro, por onde se despejavam os grãos e onde entrava o pino da pedra inferior. Perto da circunferência existia uma manivela de madeira que servia para fazê-la girar com a mão.

A farinha saía pela circunferência da pedra inferior e era recolhida por uma vasilha apropriada. Com a farinha se podia fazer pães e bolos, que eram alimentos básicos das famílias. Todo lar na Palestina possuía o seu próprio moinho e o seu sustento dependia diretamente dele, por isso as pedras de mós não poderiam ser penhoradas em hipótese alguma, pois esta atitude colocaria em risco a própria vida daquela família.

Nem ainda a mó de cima poderia ser penhorada, pois o moinho só funcionava com as duas pedras juntas, e na falta de uma delas não havia a produção da farinha e do alimento.

A Pedra de Mó de Baixo

Tipifica a Revelação do Senhor Jesus no Velho Testamento através da Lei e dos Profetas. Era a parte fixa do moinho, apontando para o caráter imutável da Lei (Mt 5: 17); para sua condição de base da revelação que seria dada mais tarde pelo Espírito Santo (Heb 8: 5). Era o fundamento dos Apóstolos e Profetas (Ef 2: 20). A mó de baixo sozinha não tinha função, ela precisava da mó de cima (Heb 7: 19).

A Pedra de Mó de Cima

Tipifica a Revelação do Senhor Jesus no Novo Testamento, a dispensação da Graça revelada pelo Espírito Santo. Era a parte móvel do moinho, indicando a dinâmica da graça e da Obra de Jesus para todos os povos (At 17: 3 e Rom 4: 16). A mó de cima com sua função rotativa era quem produzia a farinha usada como alimento. Foi através da graça que alcançamos a revelação que nos alimenta e vivifica (Rom 5: 1, 2).

A Manivela de Madeira

Tipifica o homem que é chamado para participar da graça de Deus e nela é introduzido para exercer sua instrumentalidade (Rom 5: 2). A madeira da manivela tinha que ser resistente, não podia ser mole e pouco resistente, pois quebraria com facilidade diante do esforço que recebia. Também tinha que estar bem firme e aprumada na mó. Se estivesse inclinada ou frouxa, poderia quebrar, e neste caso, tinha que ser substituída por outra.

O homem para ser usado na Obra precisa ser provado e amadurecido; precisa estar firme, definido e de pé diante do Senhor (Col 2: 6, 7), se ele falhar será removido, pois na Obra o homem é substituível (At 1: 23-26). Muitas vezes a manivela se desgastava na parte que ficava dentro da mó, que não era visível, e neste caso precisava ser trocada por outra. Os problemas do homem, seu desgaste e envelhecimento espiritual, começam no coração e na mente (Pv 4: 23), por isso deve-se ter cuidado com aquilo que existe no interior do coração e dos pensamentos.

A Mão que realiza o trabalho

Fala dos ministérios do Senhor Jesus na vida do homem. É aquilo que o Senhor lhe concede para que possa realizar sua Obra (Ef 4: 11, 12). A força que faz girar a mó é o Poder de Deus nos ministérios, que põe ritmo à Obra. Quanto mais poder, mais dinâmica a Obra será e maior a quantidade de alimento produzido (II Co 3: 5, 6).

A mão só poderia girar a mó numa direção e os ministérios só podem atuar na direção do Espírito Santo (At 16: 6). A mão não poderia apertar demais a manivela, pois se feriria e encheria de calos. Também não poderia afrouxar demais, pois assim o trabalho não seria realizado. O ministério precisa realizar a Obra com equilíbrio e temperança, isto é, com sabedoria (II Tim 2: 15).

A Semente

É a Palavra de Deus. Não se come semente com casca e sim moída. A Palavra na letra é a semente com casca e não alimenta nossa vida espiritual, mas a Palavra revelada, que é a semente moída, nos transforma e nos dá vida (II Co 3: 6). As pedras de mó não funcionavam sem a semente, pois travavam nas ranhuras internas. Sem o conhecimento da Palavra não há revelação e a Obra se torna estática (II Tim 4: 13, 15, 16). A semente é uma fonte de energia para os que se alimentam dela, da mesma forma a Palavra de Deus revelada pelo Espírito Santo alimenta e fortalece nossa vida espiritual (Mt 4: 4).

O Moer a Semente

É o buscar a revelação, é o meditar diariamente na Palavra em busca do alimento, da revelação que vai nutrir nosso espírito (Sl 119: 97). A ausência do barulho das mós nas casas era sinal de desolação e morte (Jer 25: 10 e Ap 18: 22). Importa na nossa vida nunca parar de moer a semente, isto é, de meditar na Palavra e buscar a sua revelação. Se isso acontecer, é sinal de decadência e enfraquecimento espiritual.

Conclusão de Deuteronômio 24:6

Tudo que foi exposto acima, representa espiritualmente a Obra do Senhor e a sua revelação no nosso coração. A Obra do Espírito é a razão da nossa vida, e dela dependemos diariamente. É através da Palavra revelada pelo Espírito Santo que alcançamos a vida e o crescimento espiritual. Isso acontece quando nos alimentamos dela.

O Senhor nos chamou do mundo, do pecado e das religiões para participarmos de todas estas bênçãos, e nós não podemos permitir que ninguém a tome de nós, nem tampouco podemos empenhar ou trocar tudo que temos recebido por coisas deste mundo (política, prazeres, coisas materiais, etc.), pois assim estaríamos penhorando a vida, a salvação e a eternidade (Lc 17: 2). As coisas deste mundo são passageiras, mas a Obra do Senhor é eterna (I Jo 2: 17).

PENHORAR = Dar em garantia

PENHORA = Execução judicial do penhor

Esboço de Pregação em Deuteronômio 24:6 – “Não se tomarão em penhor as mós ambas, nem mesmo a mó de cima, pois se penhoraria assim a vida”.


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