Apocalipse 2:12-17 – CARTA À IGREJA DE PÉRGAMO
A cidade de Pérgamo:
O período profético da carta foi de aproximadamente entre os anos 310 e 323 ao ano 538 de nossa era.
Cidade pagã e idólatra; Onde ficava o trono de Zeus (considerado o salvador do mundo)
Ali havia um templo de 250m de altura – compare com a Torre Eiffel com 318m.
Outro deus era Baco – o deus do vinho.
Também adoravam ao imperador – césar.
O símbolo dessa cidade era uma serpente (de onde vem o símbolo da medicina).
Por questões políticas o governador podia decidir sobre a morte – esse poder vai facilitar o surgimento do papado.
Havia um famoso tribunal onde as pessoas tiravam por sorte o direito a continuarem vivas (pedras brancas) ou se iam ser condenadas à morte (pedras pretas).
O nome:
O nome Pérgamo é o resultado da junção do prefixo “per” – da palavra perversão, pervertido; com a palavra “gamos”, que significa casamento.
Pérgamo então significa casamento pervertido.
Eventos marcantes desse período:
A investida nesse período foi uma manobra “inesperada” oferecendo paz à igreja que não suportava mais as perseguições e mortes – foram 290 anos de perseguições.
Como a perseguição promovida contra a igreja, iniciada com a morte de Estevão e terminando com a morte de Antipas, não deu certo, a tática do adversário agora foi misturar a igreja (a igreja se casa com o Estado romano).
A igreja aceita essa trégua tão almejada.
Constantino, no ano 312, teve um sonho que vencia uma batalha impossível e o sonho se cumpre. Então ele entende que foi O Senhor quem lhe tinha dado a vitória.
Assim se diz cristão e obriga a todos a serem cristãos também.
O problema é que o cristão era o resultado de uma ação do Espírito Santo sobre o homem, transformando sua vida.
Com a imposição do governo para que todos se tornassem cristãos, a igreja recebeu uma enxurrada de pessoas não convertidas, apenas com o nome de cristãos, que trouxeram para dentro da igreja a forma de vida que tinham antes, sem conversão.
Foi nesse período que se deu a queda do império romano.
A parábola do grão de mostarda: (Mateus 13:31-32)
O reino dos céus é semelhante a um grão – uma semente. A semente tem vida latente, poderosa. É um mistério.
Esse grão de mostarda é como a fé salvadora – é interior, é pequena – é um mistério.
O homem a que se refere à parábola é Constantino.
Ele lançou a semente no campo – no campo dos interesses de Roma.
Então a semente gerou uma grande árvore – a fé é invisível, mas contém o mistério da vida eterna – porém se lançada no campo dos interesses materiais (que foi o que aconteceu) era se transforma numa grande árvore – numa religião onde tudo é grande: templos grandes, grandes homens, grandes riquezas… porém a fé está morta.
As aves dos céus fazem seus ninhos nessa árvore – Toda a sorte de espírito imundo que tentou roubar a semente no período de Éfeso (parábola do semeador), e não conseguiu porque os apóstolos vigiavam, agora encontraram lugar para fazer morada permanente numa religião.
O que aconteceu?
A igreja de Éfeso, tão simples e poderosa, que passou para Esmirna a doutrina, que gerou a fidelidade de Esmirna, agora chegava a Pérgamo com materialismo, sem experiência com o Senhor.
Introdução à idolatria – o povo se fazia cristão por decreto e não pela ação do Espírito Santo.
Obra de Deus (simples como a semente) transformada em obras de homens (morta, de aparência exterior).
Surge a religião com nome de Cristianismo.
A carne começa a governar.
Surgem doutrinas espúrias: usos e costumes, inclusão de tradições, início dos dogmas.
Essa igreja tem vontade própria – não é submissa ao Espírito Santo – é desobediente.
Cultura – Mentira – Aparência (sepulcro caiado)
O culto passou a ser simplesmente liturgia.
A Palavra revelada foi esquecida.
Só havia lugar para filosofia, organizações eclesiásticas etc.
Nessa época surgem, então:
Adoração aos mártires (que eles mesmos mataram)
Adoração aos santos
Inovações heréticas
Surgem as relíquias: dentes de apóstolos – cabeças de João Batista – água do Jordão – penas de anjos – lágrimas de Maria – crina da mula de Balaão – pedaços da cruz de Cristo etc.
Tudo o que era fé foi transformado em matéria.
A revelação se mudou em religião.
Observação:
Essa igreja vai desencadear um processo (teologia) intelectual preparando o homem para a religião, para defender seu interesse e mais tarde facilitar o governo do anticristo (por isso a carta diz: lugar onde está o trono de Satanás).
Sobre a carta:
Trono de Satanás: poder material que é oferecido à igreja (mistura).
Conservas o meu nome, não negaste a minha fé (havia um remanescente fiel).
Esses eram os excomungados (excluídos da comunhão dessa igreja).
Tens aí: O Senhor Jesus tem certeza dos fatos
a) Doutrina de Balaão – ensinou o povo a pecar;
b) Idolatria – sacrifícios a ídolos – prostituição
c) Nicolaitas – que reaparecem desde Éfeso, cujas obras O Senhor odeia.
Essa igreja era o oposto de Esmirna, pois caminhava para o materialismo.
A arma do Senhor para combater contra isso tudo: A espada que sai de sua boca (palavra revelada do Deus vivo).
O Senhor conservou os fiéis.
A ação dos Sete Espíritos de Deus nesse período:
a) Espírito do Senhor: (Apocalipse 2:13)
Isto diz O que tem a espada aguda de dois gumes.
b) Espírito de Sabedoria: (Apocalipse 2:13)
Reténs o meu nome e não negaste a minha fé.
c) Espírito de Inteligência: (Apocalipse 2:14-15)
Discerniam o que era a doutrina de Balaão – o Nicolaitismo – a idolatria.
d) Espírito de Conselho: (Apocalipse 2:16)
Ouvir o que o Espírito está falando.
e) Espírito de Fortaleza: (Apocalipse 2:13)
Firmeza na fé.
f) Espírito de Conhecimento (Apocalipse 2:13)
Eu sei onde habitas… Nos dias de Antipas, minha fiel testemunha.
g) Espírito de Temor: (Apocalipse 2:16)
Batalharei contra eles com a espada da minha boca.
Promessas:
- Em breve a ti virei;
- Te darei a comer o Maná escondido (tem que ser revelado).
- Dar-lhe-ei uma pedra branca – certeza de vida eterna.
Não morrerás. - Te darei um novo nome.
Mais Esboço de Pregação
Salvação, um resgate para a vida – Isaías 49:9-10
Conhecer a revelação – Atos 8:26-30
O arrebatamento da Igreja – Mateus 24:37-39
Vai, come com alegria o teu pão… – Eclesiastes 9:7-9
Chegai-vos a mim… – Isaías 48:16
Isaías 3:10 – “dizei aos justos que bem lhes irá…”
A hora de despertar – Isaías 29:8
Fugi, e salvai a vossa vida – Jeremias 48:6
Cantares 2:4 – Levou-me a sala do banquete
Guarda tu a fortaleza… Naum 2:1
Este vale se encherá… – II Reis 3:22-23
Autoridade espiritual – Romanos 13:1-2
Isaías 38:17 – Abraçaste a minha alma
Gideão na revelação – Juízes 6:11-12