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Atividades do Obreiro na Igreja


ATIVIDADES DO OBREIRO NA IGREJA


I.      INTRODUÇÃO
II.      O PRINCÍPIO DA DELEGAÇÃO DE AUTORIDADE
III.     AS ORDENANÇAS OU SACRAMENTOS

  • A Ceia do Senhor
  • Batismo

IV.      OUTRAS ATIVIDADES DOS OBREIROS

  • Oração por enfermos
  • Imposição de mãos
  • Unção com óleo
  • Pregação da Palavra
  • Uso dos Dons Espirituais
  • Trabalho de Assistência
  • Direção de Cultos
  • Zeladoria da Igreja
  • Administração
  • Aconselhamento e Consulta

11.  Bênção Apostólica


ATIVIDADES DO OBREIRO NA IGREJA

I – INTRODUÇÃO


ATIVIDADES DO OBREIRO NA IGREJA
I – INTRODUÇÃO

A palavra OBRA que usamos para designar a igreja da qual fazemos parte nos aponta para um trabalho em andamento, que está sendo realizado por Deus através dos tempos, com a colaboração dos seus servos e servas, a fim de edificar uma igreja (construção, obra) para sua propriedade exclusiva ( I Pe 2: 5, 9, 10  –  Mat 16: 17, 18 ).

O Senhor Jesus deixou isso claro nas declarações próprias a seu respeito:

João 5: 17  –  “Mas Ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”

Os judeus pensavam que a Obra havia cessado após a criação. O Senhor era criticado por eles por trabalhar no sábado. Jesus, porém, disse que o Pai não parou de trabalhar, por isso Ele também não pararia. A Obra da criação havia terminado, mas uma nova Obra lhe daria continuação: A Obra da Redenção, que na verdade é uma continuação da Obra da criação. (veja II Co 5: 17 – “… se alguém está em Cristo, é nova criatura (ou criação)…”.

Isaías 53: 11 – “ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma…”.

O trabalho mais difícil foi feito por Jesus. Ele deu a sua vida e morreu na cruz pelos pecados de todo o mundo.

João 4: 34-38 – “… realizar a sua Obra”.  Vs. 38 – “Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes; outros trabalharam e vós entrastes no seu trabalho”.

Jesus estava dizendo que parte do trabalho havia sido feito por outros que vieram antes da Igreja, como os profetas do Velho Testamento, que anunciavam a vinda e a Obra do Senhor. Outros semearam – trabalho penoso e doloroso;

Os discípulos são chamados agora para o trabalho mais fácil e agradável (ceifar, colher os frutos).

João 12: 26 – “Se alguém me serve, siga-me…”.

Todos são chamados para trabalhar, e não somente Obreiros. O fato de que alguns são pastores, diáconos, etc., significa apenas que foram eleitos pelo Senhor para uma tarefa especial necessária à Igreja.


II – O PRINCÍPIO DA DELEGAÇÃO DE AUTORIDADE

Delegar significa “transmitir poderes a alguém”, significa ainda “enviar alguém com poderes de julgar, resolver e executar alguma coisa”. Em toda delegação é necessário que o delegante tenha poderes de fato para transferir ao delegado. Na hierarquia divina, Deus ocupa o nível mais elevado. Estamos falando do Deus Trino e Criador dos céus e da terra, o Todo-Poderoso.


DEUS TRINO

I Co 11: 3 – “… e Deus, o cabeça de Cristo”.

JESUS CRISTO

Ef 5: 23 – “… Cristo é o Cabeça da Igreja…”

Mat 28: 18 – “… toda a autoridade me foi dada…”

I Co 15: 27 – “Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos seus pés…”.

APÓSTOLOS

Mat 10: 1– 4 – “E chamando os doze discípulos, deu-lhes poder…”.

PASTORES

Tito 1: 5 – “… e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros…”

I Tim 4: 14 – “… o qual te foi dado por profecia, com a imposição de mãos do presbitério…”

DIÁCONOS

Atos 6: 2–6 – Instituição e levantamento dos diáconos.

Vemos neste esquema e nos textos, como a autoridade é transmitida pelo que está acima ao que está imediatamente abaixo. Deus Trino delegando poder a Jesus para ser o cabeça da igreja; Jesus delegando poderes aos apóstolos; os apóstolos delegando aos pastores e estes aos diáconos. Na Obra todos formam um só Corpo. Cada um tem o seu poder e autoridade limitados numa esfera de ação que não pode ser ultrapassada.

Devemos tomar cuidado com dois erros muito comuns que podemos cometer. O primeiro é exceder os limites de nossa esfera de ação, como por exemplo o diácono querer fazer alguma coisa que só o pastor pode fazer. O segundo erro é o contrário, isto é, não avançarmos até os nossos limites, mas ficarmos aquém, deixando de executar tarefas que nos foram confiadas. É preciso que o diácono se conscientize sobre o trabalho que ele pode realizar, muitas vezes bem maior do que imagina.

Verificamos que o apóstolo, embora tendo a maior esfera de ação, também é pastor e diácono. Da mesma forma o pastor também é diácono. E todos são ovelhas do Senhor Jesus.

O Senhor Jesus, aquele que não sofre qualquer limitação, é também apóstolo, pastor e diácono (lembrar que o Senhor lavou os pés dos discípulos – ver Mt 20: 28).

Na Obra encontramos, visivelmente, dois tipos de oficiais (servidores) que estão registrados em Atos 6: 3, 4.


1 – Pastor – Ministério (At 6: 4)

2 – Diácono – Serviço (At 6: 3)

III – AS ORDENANÇAS OU SACRAMENTOS

Encontramos na época do Velho Testamento, a lei mosaica prescrevendo uma infinidade de cerimônias, rituais, preceitos e ordenanças, toda uma liturgia estabelecida por Deus para o ofício do Tabernáculo e dos sacerdotes, no que concerne às relações do povo com o Senhor.

Quando o Senhor Jesus veio, entretanto, com sua morte na cruz aboliu as cerimônias da lei. Jesus inaugurou uma nova era, a da Nova Aliança pelo seu sangue, onde todo o ritualismo foi substituído pela fé na graça de Deus para salvação de todo aquele que nele crê. A Palavra diz que as ordenanças do Velho Testamento eram apenas sombras da vida real que nós temos em Cristo (veja Hebreus 8: 5 e 10 ).

O Senhor Jesus, porém, deixou aos apóstolos duas ordenanças, para transmitirem à igreja: O Batismo e a Ceia do Senhor.

É preciso deixar claro o caráter simbólico dessas ordenanças. O ritual do Batismo nas águas e a Ceia do Senhor, usam elementos materiais (água, pão e vinho) e ambas tem significados preciosos para o crente como indivíduo e para a igreja como um todo. Se contudo, a pessoa não participar deles pela fé, em espírito e em verdade, serão apenas rituais, não possuindo nenhuma influência sobre a salvação ou a comunhão. Os dois foram instituídos pelo Senhor para a igreja, e devemos obedece-los com o maior empenho possível. Não existem regras ou prescrições inflexíveis sobre a forma de realização do batismo ou da ceia, como era o caso das ordenanças da lei, no Velho Testamento. O que importa é mais a compreensão do ritual do que a forma como é executado.


1 – A Ceia do Senhor

A primeira Ceia do Senhor (a chamada última ceia) foi ministrada pelo próprio Senhor Jesus. Ela se encontra registrada nos Evangelhos (Mt 26: 26-30; Mc 14: 22-26; Lc 22: 19-23). Usando sua autoridade apostólica, delegada pelo Senhor Jesus, Paulo ordena às igrejas que celebrem regularmente a Ceia (I Co 11: 23-34). Assim o ato da Ceia continua até hoje, sendo ministrada pelos pastores da igreja.


O que é a Ceia do Senhor?
1.      É uma ordenança: Lc 22: 19 – “fazei isto”; I Co 11: 23 – “vos entreguei”.


É um símbolo: Jesus disse que o pão simboliza seu corpo e o vinho simboliza seu sangue. Não são o corpo e o sangue reais, mas apenas símbolos.
É um memorial: “fazei isto em memória de mim”. I Co 11: 24-26.
É uma promessa: “até que Ele venha” – Tem valor quando tomado pela fé.

Nota: Convém ressaltar a simplicidade da Ceia do Senhor, tanto no seu ritual como no seu significado. Os elementos (pão e vinho) não se transformam em momento algum na carne e sangue de Jesus Cristo. A ceia não é a repetição do sacrifício do Senhor, uma vez que este foi feito uma única vez, uma vez por todas (Heb 7: 27).

Para que serve a Ceia?
Serve para anunciar a morte do Senhor, e anunciar a sua vinda.
Esperar com paciência o retorno de Jesus.
Aumentar a fé.
Dar comunhão à igreja. Comer juntos = comunhão. Veja At 2: 42-47 (diariamente).


§  Condições para a pessoa participar da Ceia
Ter experiência da salvação em Jesus Cristo (Novo nascimento).
Ter sido batizado.
Estar em comunhão com a igreja (pessoas excluídas ou suspensas não podem participar)

Além disso se requer que a vida que participa da ceia esteja isenta de pecado e de idolatria (I Co 10: 16, 17, 21), e antes de tomar faça um auto-exame (I Co 11: 28).

Quem pode participar da Ceia?

Qualquer pessoa que seja membro da igreja ou de qualquer outra igreja evangélica, que crê no sacrifício do Senhor Jesus, pode participar da ceia, desde que tenha cumprido os requisitos expostos acima.

Como celebrar a Ceia?

A igreja primitiva associava a ceia a verdadeiras festas chamadas “ágapes” (festas de amor), onde os cristãos comiam e bebiam de verdade. Isto às vezes ocasionava problemas tais como aqueles apontados por Paulo na Igreja de Corinto (I Co 11: 17-22). Assim, por sabedoria e conveniência, ficou estabelecido que a ceia deve ser celebrada de tempos em tempos (não todos os dias) e com pequenas quantidades representativas dos elementos (pão e vinho).

Não há regras rígidas para a maneira de celebrar a ceia; no entanto, devem ser seguidos certos passos, ditados pelo bom senso e pela ordem (I Co 14: 40).

Em primeiro lugar, cabe ao ministrante da ceia, ou seja, o pastor orientar os diáconos que o auxiliarão nesta solenidade. Os diáconos, por sua vez, devem estar plenamente inteirados quanto ao significado e à ordem correta da celebração da ceia. Os diáconos devem ter o máximo cuidado e segurança na distribuição, lembrando-se de dar primeiro o pão e logo em seguida o vinho. A comunhão e o clamor constantes, por parte do obreiro, são indispensáveis.

Outro ponto importante é o que diz respeito às pessoas que não podem participar da ceia por um motivo qualquer. Cabe ao pastor comunicar tanto à pessoa que está impedida de participar, como ao diácono sobre o impedimento antes do início da ceia. Caso algum incrédulo tome os elementos na hora da distribuição, é responsabilidade dele mesmo, e não do diácono. Este, porém, deverá estar no clamor para que isso não ocorra, e para que o Senhor tenha misericórdia. Se for o caso, com toda a sabedoria, ele pode esclarecer ou avisar a pessoa para não tomar.

Quando todos tiverem sido servidos, os diáconos entregarão as bandejas ao pastor que se encarregará de servi-los e a si próprio.

É evidente que os diáconos que servem não devem deixar de tomar a ceia (se houver algum problema em suas vidas, estes devem se acertar antes de servir).

Convém que o diácono comunique ao pastor, após o culto, quais pessoas deixaram de tomar a ceia para que este tome alguma providência, se for o caso.

Uma questão importante: O diácono pode ministrar a Ceia?

Normalmente não, mas existem casos em que o diácono pode ministrar. Quando for enviado pelo pastor, ele poderá ministrar a ceia a um irmão enfermo, que está de cama, ou não pode se locomover de sua casa. Como ministrante delegado pelo pastor, o diácono deverá seguir todos os passos que normalmente são seguidos no culto da igreja, observando, é claro, a sabedoria e a prudência.

2 – O Batismo

Jesus estabeleceu o batismo como ordenança para a igreja – Mt 28: 19 – O batismo nas águas é o sinal visível da conversão do indivíduo, e seu conseqüente ingresso na igreja visível do Senhor Jesus. Por meio do batismo, o crente faz confissão perante o mundo, de que passou a ser uma nova criatura. A finalidade prática do batismo, é a de marcar a filiação do servo a uma determinada igreja (denominação e localização) facultando-o a participar de todos os seus eventos.

Em João4: 1-3 entendemos que Jesus delegou diretamente aos apóstolos a incumbência de batizar. Por delegação dos apóstolos aos pastores, cabe a estes ministrar o batismo.

A Palavra nos fala de três tipos de batismos, de modo explícito (as palavras batismo e batizar ainda são empregadas na Bíblia com outros sentidos que não vem ao caso agora). É importante para o obreiro conhecer bem e saber diferenciar os três tipos de batismos, pois isto é um assunto controverso, e do qual muitos fazem confusão.


1º – Batismo de João Batista, ou simplesmente Batismo de João.

2º – Batismo de Jesus (batismo nas águas).

3º – Batismo com o Espírito Santo.

Muitos confundem o batismo de João com o de Jesus. O batismo de João era de arrependimento e foi criado para o povo de Israel somente. Veja Mt 3: 1-12; Mc 1: 2-8; Lc 3: 1-20. João veio para preparar o caminho do Senhor, e quando Jesus veio, João cessou de batizar. O batismo de João, portanto, terminou com a morte daquele profeta. Assim, o batismo de arrependimento não existe mais. Paulo também nos esclarece isto, conforme lemos em Atos 19: 1-7, onde a doutrina dos batismos está bem clara. Aqueles discípulos de Éfeso tinham sido batizados por João (ou no batismo de João). Paulo orientou-os e os batizou novamente em nome de Jesus. Além disso, com a imposição de mãos, também receberam o batismo com o Espírito Santo.

O batismo de Jesus é a identificação do crente com o Senhor na sua morte (morte do crente para o mundo, simbolizada no deitar-se e ser coberto pelas água = sepultamento) e na sua ressurreição (no levantar-se novamente para uma nova vida). Veja Romanos 6: 3-6.

O batismo nas água é uma ordenança e um ritual. O batismo no Espírito Santo, porém, é uma experiência real, realizada pelo Senhor Jesus, através do seu Espírito. Veja Jo 1: 33-34; Mt 3: 11 e textos correlatos, ainda Atos 2: 38; 8: 14-15; 9: 17 e 10: 44.

A fórmula correta do batismo nas águas é aquela que Jesus ordenou, ou seja, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Pelas escrituras entendemos que o batismo correto é por imersão, porém, não se obriga a uma pessoa batizada por aspersão a se batizar novamente, a não ser que esta o deseje, espontaneamente.

IV – OUTRAS ATIVIDADES DOS OBREIROS

1 – Oração por enfermos e libertação de oprimidos

O diácono deve estar preparado para orar por enfermos para serem curados e libertar os oprimidos de espíritos imundos. Estevão e Felipe são exemplos para nós: Atos 6: 8 e 8: 5-8. O diácono, porém, deve estar na orientação do Senhor, por meio da igreja (corpo) para fazer esta tarefa, do contrário poderá fracassar e correr grandes perigos espirituais.

2 – Imposição de mãos

Hebreus 6: 1, 2 nos ensina que a imposição de mãos é um dos princípios elementares da doutrina de Cristo. Entendemos que este texto nos fala do batismo com o Espírito Santo também. Muitos não creem e não recebem o batismo com o Espírito Santo, quando a Palavra diz ser isto um princípio elementar, um rudimento, isto é, o “abecê” do evangelho. O batismo com o Espírito Santo é apenas o começo de uma vida que vai crescendo no conhecimento de Deus a cada dia.

A imposição de mãos é um ato limitado aos obreiros oficiais da igreja (pastores, evangelistas, ungidos e diáconos) não devendo ser praticado por mulheres ou irmãos que não tem unção ou serviço (diaconato).


Finalidade da imposição de mãos:
Para receber um ministério – I Tim 4: 14. O presbitério (ministros) levantando outro ministro, mediante profecia e imposição de mãos.
Para enviar servos para uma tarefa ou missão: Atos 13: 3; todo trabalho na Obra é realizado no corpo. Quando alguém sai para o trabalho, ele deve faze-lo em nome da igreja e não por conta própria.
Para receber o batismo com o Espírito Santo: Atos 8: 17.
Para curar: Atos 9: 17 e 28: 8.

A imposição de mãos deve ser feita com discernimento e na orientação. Ver a advertência de Paulo em I Tim 5: 22 (precipitação).

A Bíblia não registra pessoas oprimidas (possessas) recebendo imposição de mãos. É mais prudente nestes casos que o obreiro se prepare com orações e jejuns, procurando evitar colocar as mãos sobre pessoas nestas condições. Uma oração ou uma ordem à distância parece ser o mais indicado.

A imposição de mãos fortalece a fé de quem a recebe. Com a fé fortalecida, a pessoa pode receber a bênção esperada. Por outro lado, o próprio obreiro, convicto da delegação que recebeu do Senhor, passa a ter autoridade em sua oração, uma vez que ele faz aquilo como se o próprio Senhor Jesus estivesse presente para dar a libertação e a bênção.

Na imposição de mãos muitas vezes os dons espirituais se manifestam, dando ensejo a que o Senhor possa falar livremente.

3 – Unção com óleo – Tiago 5: 14-16

É uma oração acompanhada de um elemento material (óleo), feita somente por presbíteros (pastores), em casos especiais, por revelação ou por sabedoria. A unção com óleo só é feita em caso de enfermidade e exclusivamente em servos da igreja. O óleo – símbolo do Espírito Santo –  era usado na antiguidade para curar de fato (ver a parábola do bom Samaritano).

A unção com óleo, como a imposição de mãos, serve para fortalecer a fé.

É prudente utilizar uma pequena quantidade de óleo (o suficiente para molhar a ponta dos dedos), não necessitando ser aplicado no local da enfermidade; basta tocar a testa do doente.

Também o aspecto do perdão de pecados é ressaltado nesta passagem da Palavra, certamente porque se refere a pecados cometidos contra o corpo da Igreja, o que provoca um julgamento da parte do Senhor Jesus sobre a pessoa por meio de uma enfermidade. Havendo arrependimento e confissão, o Senhor dá a libertação e a cura.

4 – Pregação da Palavra

Historicamente, a palavra PREGAR se origina com os mensageiros dos reis, que levavam pessoalmente seus decretos, e liam-nos na presença do povo em cada cidade (ver Ester 1: 22; 3: 12-15 e 8: 9-14). Esses mensageiros chamavam-se arautos ou pregadores. De forma semelhante, pregar o Evangelho, é anunciar as boas-novas do rei Jesus a todos os povos em toda parte.

Encontramos exemplos de diáconos pregando com grande poder e sabedoria. Atos 6: 10; 7: 55; 8: 12, 31, 34, 35.

Em toda pregação é importante a presença da doutrina verdadeira. Ver II Tim 4: 1-5 (fala de nossa época).

Convém ressaltar que o diácono não faz, isto é, não dá corpo às doutrinas bíblicas, mas ele pode ensinar e transmitir a outros aquilo que recebeu e aprendeu dos apóstolos e pastores.

5 – Uso dos Dons Espirituais

Esta é uma atividade não restrita a obreiros somente, mas franqueada a toda a igreja (ver I Co 14: 5 e 31), porém, é exigido por parte destes que exercitem os dons na sabedoria e profundidade, uma vez que eles são as suas ferramentas de trabalho, não devendo de forma alguma ser desprezados.

Atualmente, com o aperfeiçoamento da Obra e a revelação do Culto Profético, o uso dos dons espirituais passaram a ter uma importância fundamental na vida da igreja e principalmente na vida dos obreiros, pois é através deles que o Senhor vai dar a direção de todo o culto cada dia.

6 – Trabalho de Assistência

Atos 6: 1 – Ajudar viúvas, órfãos, enfermos e necessitados, especialmente os da família da fé (igreja). Ajuda material e espiritual. Ver Tiago 2: 15, 16.

Com o crescimento da igreja, o Senhor orientou a divisão em Grupos de Assistência a fim de que a igreja receba toda a assistência necessária, e também o visitante. A divisão da igreja em grupos de assistência, permite também que a mesma cresça sem perder suas características de corpo e sem a diluição da doutrina (ver Êxodo 18: 21).

7 – Direção de Cultos

A importância da ordem em presidir reuniões se encontra no texto de Romanos 12: 1-8.

O dirigente deve se apresentar decentemente vestido (limpo, barbeado, penteado, roupa alinhada e discreta).

Em cultos e reuniões da igreja é indispensável, hoje em dia, que ao obreiro oficial (pastor, evangelista, ungido ou diácono) estar trajado com paletó e gravata.

Na direção da parte do louvor é exigido discernimento e sabedoria na ordem dos hinos e corinhos, observando o assunto, o conteúdo das letras, os ritmos e se eles estão em conformidade com os dons que o Senhor mostrou para o culto profético.

Como em todas as coisas espirituais, não há uma ordem rígida para a escolha dos hinos, porém, um princípio básico deve ser lembrado:

Em primeiro lugar – hino de clamor (dois, no máximo).
Em seguida – hinos de dedicação
No final – hinos de adoração e louvor.

Outra regra fundamental é observar o caráter do culto. Se o culto é solene (um culto de Ceia, por exemplo), os hinos devem ser solenes também. Se o culto é festivo (um batismo, por exemplo) a predominância são os hinos de louvor. Se o culto conta com muitos visitantes não-crentes, convém escolher hinos com letras evangelísticas ou de testemunho. E assim por diante.

Não é sábio alternar hinos rápidos com hinos suaves. Isto provoca a perda de continuidade do culto e um desgaste da congregação e dos instrumentistas.

Também não é prudente solicitar que a igreja se levante e se assente diversas vezes durante o louvor. Isto provoca desordem, irritação e cansaço na congregação.

O diácono ou obreiro que em um determinado culto encontra-se em pé no fundo da igreja deve:

  • Manter os olhos abertos, verificando as pessoas que entram e saem. Não é necessário fitar as pessoas de frente.
  • Encaminhar os visitantes para um assento em local adequado na igreja. Providenciar uma coletânea para o visitante.
  • Se a igreja estiver lotada, os obreiros cedem os seus assentos aos visitantes. Em seguida, cedem os varões, e por último, as irmãs mais jovens da igreja. Os obreiros que não estiverem encarregados de alguma tarefa no culto não devem permanecer em pé desnecessariamente.
  • Procurar andar pela igreja o mínimo possível, evitando gestos que chamem demasiadamente a atenção e tirem a comunhão de alguns.
  • Impedir a entrada de pessoas visivelmente importunas (bêbados incorrigíveis, crianças fazendo algazarra, etc.)
  • Observar crentes indisciplinados de outras igrejas que querem profetizar e falar línguas fora da orientação.
  • Observar a entrada de elementos suspeitos na igreja, como pedintes, gatunos, etc.
  • Ajudar irmãs idosas a subir e descer escadas.
  • Em dias chuvosos, ajudar as irmãs, inválidos e doentes a se abrigar.
  • Tomar a iniciativa no uso dos dons, caso irmãos e irmãs fora de comunhão ou problemáticos queiram ser usados.

8 – Zeladoria da Igreja

Zelar pela conservação, limpeza e manutenção da parte material da Casa do Senhor é tarefa do diácono. Limpeza, organização, conservação, providências imediatas.

É importante que o diácono se disponha e tenha iniciativa própria não esperando ser mandado para se encarregar destas tarefas.

9 – Administração

O diácono não tem governo da igreja, mas dele participa, auxiliando o pastor. Exemplos: Tesouraria, secretarias (documentos, rol de membros, inscrições de seminários, etc.).

10 – Aconselhamento e Consulta

O trabalho de aconselhamento e o tratar com pessoas problemáticas é função do pastor, uma vez que este tem uma unção para isto.

Qualquer obreiro que não seja o pastor daquela pessoa em particular, que se propõe a tratar com este tipo de pessoas pode comprometer a sua própria vida espiritual, bem como a de outrem.

Um diácono deve se limitar a consultar a Palavra somente quando não se tratar de casos espinhosos envolvendo a intimidade das pessoas, principalmente das irmãs. Assuntos comerciais e de naturezas semelhantes, também devem ser encaminhados para o pastor.

Em I Tim 5: 22 encontramos uma advertência a este respeito, e é dirigida mesmo àqueles que têm o ministério.

11 – Bênção Apostólica

A bênção apostólica se encontra em II Co 13: 13 e é impetrada exclusivamente pelo pastor.


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